Olheiras e muitas preocupações, eis o síndrome dos pais recém-chegados ao clube.
A primeira noite é assim mesmo, uma espécie de época da Resistência sob a ameaça premente de um novo bombardeamento. Os minutos transformam-se em horas e as horas são dias intermináveis. Sentimo-nos encerrados no breu de uma cave onde parece nunca o tempo passar. Cada sussurro, cada gesto, cada pequeno ruído, um pânico.
E eis que a manhã chega.
Os pais despertam e tu, Martim, qual filho sereno e tranquilo, nem imaginas quanto duro foi este primeiro passo para os papás.
As cólicas regressaram ao início da noite de forma violentíssima, mas a tua mãe, arreganhando todas as forças, lá conseguiu 'salvar-te'.
Hoje, no entanto, o dia apesar de começar extremamente chuvoso, passou a quente. O sol espreitou de forma luminosa e vigorosa e tu arregalaste os olhos ao reconehcer, 'cá fora', as músicas que te fomos passando e ouviste 'lá dentro'.
03 abril 2007
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1 comments on "A Primeira Noite"
nao é à toa que eu e o António trememos só de pensar no 1.º mês de vida da MAtilde... A nossa ansiedade e os nossos medos são todos reflectidos no bebé e isso ainda aumenta mais a ansiedade e o medo, não é? As cólicas vão passar em breve e o vosso menino vai começar a gostar desta nova vida! Ao principio deve ser mesmo desconfortável para eles tanto espaço, tanto barulho, tanta luz... mas são o melhor da vida e a cada dia que passar a vossa confiança vai aumentar e o Martim vai ser cada vez mais e mais feliz!!!
Bjocas grandes e espero que entretanto seja eu a dar à luz...
Marta e as Rainhas
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