30 junho 2007

Mesiversário

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Parabéns, filhão!
3 meses!!!
3 meses em que tens sido, acima de tudo, absolutamente maravilhoso.
Estás a crescer de dia para dia, e é uma dádiva poder ver-te, acompanhar-te e beber dessa tua VIDA a pulsar a cada segundo. Comovo-me a ver-te entretido com o polegar e o indicador, a olhar as meias nos pés, a ver o macaquito laranja da playskool como se do melhor amigo do mundo se tratasse, simplesmente a olhar-me e a olhar a mummy a cirandarmos pela cozinha.

Estiveste todo o dia muito bem disposto. Brincámos imenso e passeámos à tarde às compras. Viveste tanto e divertiste-te tanto que ao fim da noite fizeste uma daquelas birras para extravasar o excesso de informação.
Não faz mal.
O pai e a mãe estarão sempre cá para te darem montes de mimos. Mas não desses montes holandeses, pequenininhos e mixurucas! Quero dizer desses do tipo Himalaias e mais além!!!

Ok!? Combinado?
Combinado!

Pê de Pai, Pê de...

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Olá filhão,
desde que a mummy me ofereceu este livro ("Pê de Pai", de Isabel Martins e Bernardo Carvalho, Edições Planeta Tangerina) muito terno e delicioso, passamos a vida a fazer "pês" disto e "pês" daquilo, acrescentando inúmeros "pês" extra aos que são inumerados no livro.

Depois dos já tradicionais pai-sofá, pai-despertador ou pai-muda-fraldas, apraz-me dizer-te que tenho sido também, e com extrema eficácia, pai-sanita. Sempre que a tarde já vai longa e tu começas a chorar porque o cocó não sai, basta sentar-te ao meu colo e em três tempos - ZásCatrapás!!!, ali logo se sente o quentinho a brotar na fralda.

Eu não me importo. A sério. Afinal, quantos mais pês, melhor!

E a seguir, 'bora fazer de pai-recreio!?

28 junho 2007

Preocupações de Pai

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Olá filhão,
no outro dia ouvi a notícia na rádio: Um homem de meia idade foi preso e interrogado por estar a aliciar jovens de 13 e 14 anos para práticas sexuais. Na mala, que a judiciária apreendeu, estavam 10.000 euros em notas e muitos nomes de escolas e de crianças em vários papéis. O homem ficou sujeito a termo de indentidade e residência.

Não sei porquê, mas ao ouvir isto fiquei com a garganta seca, sobretudo com a impressão de não estar a cumprir o meu papel de pai e a tornar-te o mundo num local mais seguro para poderes viver e desfrutar da Vida.

Aquela notícia fez-me corroer a mim de vergonha.

É minha obrigação proteger-te de tal imundície. É minha obrigação mostrar-te que aos perigos fazemos duas coisas: fugimos deles ou resolvemo-los. E estando nós a viver na nossa cidade, no nosso país, as soluções que vão sendo aplicadas fazem-me crer que parece que nos dizem que só nos resta fugir.

Acredita, devemos sempre resolver os problemas. De imediato. Rapidamente. Exemplarmente.

É uma pena que este país em que nasceste seja tantas vezes um péssimo e irresponsável pai. Em termos de justiça, não sabe educar os seus filhos. E também não admite que os seus filhos lhe chamem a atenção. Faz-me lembrar aqueles pais que perante um filho seu em pleno acto de má educação e violência sempre preferem sorrir descontraidamente e dizer que "quando ele crescer depois isto passa-lhe".

Embevecidices

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Filho,
chateias-te muito por eu me babar mais do que tu?
É que sempre que fico a falar contigo e a mimar-te, é impossível suster tanta alegria.
Desculpa, ok?

PS: não esqueças de convencer a mummy a deixar ficar o King Kong junto do candeeiro do escritório. Faz assim, quando ela te estiver a passear ao colo e passares lá perto, esticas uma mão e começas a rir muito e a dizer "uagh!", "gua", "bu", "angu" e coisas assim. Vais ver. Ela nunca mais vai ter coragem de dizer para tirar dali o nosso Kong!

Chicco Guarda e Ascolta

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Olá filhão,
depois da tia L. ter perdido a cabeça e de nos ter oferecido isto, as noites têm sido bem mais calmas.

O susto que apanhámos no Porto contigo a chorar sem te ouvirmos foi suficiente para nos fazer mexer à procura de intercomunicadores, mas graças à tia L. a revolução na pacificação do nosso nervoso miudinho acontece sempre que queremos -> basta apertar um botão e vemos-te cara a cara.

Outras dúvidas, contudo, atingem-me.

Ser pai é, afinal, pisar o risco. Despoletar o sexto sentido. Deixar a natureza seguir o seu rumo. E não apenas ter-te debaixo de olho a cada instante, qual Big Brother. Um dia, afinal, estarás na creche e não poderemos ver-te. Um dia estarás na brincadeira na rua e no café na praia com os amigos e não poderei ver-te. É talvez um mau hábito, mas creio poder ser desculpado por seres tão heróico mas ao mesmo tempo frágil, nestes primeiros meses.

Se a tecnologia nos pode ajudar, não devo ter problemas com isso, mesmo invadindo o teu espaço e cedendo à preguiça de ter de me levantar e ver-te, mas ver-te mesmo, ali perto e a sentir-te a respiração. É uma comodidade dos tempos modernos tal como os intercomunicadores-áudio foram pela primeira vez há tempos atrás. E a verdade é que é mesmo revolucionário. Não ficam dúvidas se estarás ou não estarás acordado - basta ver. Não ficam dúvidas se te caiu a chupeta ou não - basta ver. E as centenas de vezes que isto evita que eu e a mummy nos levantemos apenas para acalmar as dúvidas, vale tudo. Pena o preço exagerado e as baterias que se vão depressa.

Depois de uma semana a uso, já acho que isto devia vir com os kits que oferecem nas maternidades, juntamente com os cremes e champôs.

Espero que não te chateies com o pai e a mãe a vigiarem-te à distância. Como prenda de consolação, iremos ligar o aparelho ao vídeo e gravando pequenos pedacinhos de hoje e outros dias, para daqui a uns anos veres como és delicioso até quando dormes que nem um anjo.

27 junho 2007

De Regresso (a meio gás)

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Pois é filhão,
estamos de regresso.
À nossa casinha, à nossa Lisboa, ao sol que por quase duas semanas nos deixou.

Passeámos, estranhaste as casas dos avós, fizeste muito poucas birras e, acima de tudo, absorveste o mundo com esses dois olhos redondos e mágicos, sorrindo às traquinices de quem te procurava animar com galhofas e caretas.

Os próximos dias são, portanto, para vivermos ao máximo.
Depois o pai irá regressar ao trabalho.

Felizmente, compreendo cada vez melhor como é tão importante uma ambiente saudável no trabalho e fazer-se o que se gosta: Como pode alguém ser feliz estando longe dos seus filhos? Como suportar essa separação?

Pode, pelo menos, suportar esse afastamento das 8 da matina às 7 da noite se estiver concentrado e divertido a trabalhar. Aliás, só assim, em pleno stress, embrunhado em responsabilidades mil, em pesquisas e leituras e coisas para ontem. Só assim apaziguadas as saudades. Só assim, para depois rebentarem em explosões de alegria entrando em casa para poder vislumbrar em poucas horas o que agora ainda vou podendo contemplar minuto-a-minuto, enquanto as férias duram.

Ah, euro-milhões...

08 junho 2007

Fééééééérias!!!

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Boa, filhão!
A partir de hoje, são 24h sobre 24h!!!
Yupiiii!!!

04 junho 2007

O Dia do Ataque Vociferante das Vacinas Mázonas

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A tua mãe saiu de casa já a manhã ia longa. O sol brilhava. Nada fazia prever o que aí vinha... Tu bem soergueste a sobrancelha. Havia ali algo de estranho. Mimos a mais nunca são bom sinal - ou arrependimento por alguma falha, ou alguma tempestade que lá vem ao longe...
Ainda assim, resolveste confiar.

Chegados a alguns metros da clínica, caiste no sono. Bolas! Aquela tremideira do carro é sempre implacável. Um golpe baixo e miserável! Nenhum bebé aguenta - Ah, crueldade. Foste levado sobre rodas para a vil e agreste tortura. Mas darias o teu troco, aos infames!

Minutos depois, olhos sobre o teu ninho azul e fofo. Muitos olhos. E até aí não suspeitaste. Afinal, quando se é uma beldade, tem que se estar habituado a estas coisas. Achaste estranho que desta feita não te fizessem estar tanto tempo à espera, mas presumiste que estariam apenas a primar-te pelo teu bom nome e valor. Sabes agora que devias ter desconfiado, pois quando um ataque está bem planeado, logo dá sinais de si. Se fosse agora...

Meteram-te assim num ápice no fundo covil. Estava gélido. Disseram-te que era do Ar Condicionado, mas nada disso! Eram aqueles corações frios que nunca serão capazes de aquecer uma divisão por mais pequena que seja. Vilões! Bandidos! Bata branca vestida e sorriso falso! Ah, vilipendiaram-te! Calças fora e logo iniciaram baboseiras que não mais te enganarão. Por essa altura, já sabias que o combate estava perto. O desembainhar das espadas cintilou como mil cristais a despedaçarem-se num chão de mármore vasto e frio de um castelo vazio. O eco, fundo e infinito, fez prolongar ainda mais aquele fatal momento.

Da ponta da arma assassina jorraram então gotas de um viscoso ácido atroz. Ali estava a hora! Queriam desfazer-te em mil pedaços. A tortura! A miserável e hedionda tortura! Alguma coisa tinhas que eles queriam, mas fosse o que fosse, não trairias ninguém. Se a queriam, que lutassem, pois também tu darias o troco!

E foi então, de punhos bem fechados e ao pontapé, que a batalha começou.

Acertaram-te logo numa perna. Injustiça! Que não se pode estar de igual para igual quando alguém nos agarra! Ainda assim, ripostaste com um malévolo pum! Seguiu-se uma fralda bem cheia que logo intempestivamente empestou a sala e fez tremer as malévolas criaturas. Mas logo ripostaram. Danadas! Frias e calculistas vacinas mázonas! Voltaram-te do avesso e nada pudeste fazer senão aguentar firme uma segunda picada infame. À terceira, poderosa e insuportavelmente dolorosa, ergueste bem alto o teu grito guerreiro. Parariam pois ao teu ulular poderoso, ao rugido heróico que já tantas vezes houvera afastado tantos e tão maus vilões.

A ameaça pareceu surtir efeito.

As vis e horrendas criaturas refrearam-se. Gemidos e mimices começaram-se a fazer ouvir. Eram preces. Preces de compaixão e perdão. O arrependimento de quem agora percebia com quem se estava a meter e temia pela sua própria vida. Mas tu não cedeste, e rugiste mais alto. Logo a porta se abriu e novas vozes meigas e afáveis te vieram reconfortar. A batalha estava ganha.

Começaste então a embainhar as armas. Afinal, para quê gastar desaproveitadamente mais energias? Durante o resto do dia ainda tiveste que aturar mais mimices e oferendas estranhas (uma das quais um foguete branco que acharam só poderias aceitar no rabiosque). Duvidaste um pouco, mas o transe que se lhe seguiu acabou por revelar-se até algo calmante.

E assim, uma vez mais, provaste o teu valor e demonstraste ao mundo das malévolas criaturas vacinentas com quem se metem quando se metem contigo.

Até à próxima, vacinas malvadonas!
Novas batalhas travaremos!
Acautelai-vos!

01 junho 2007

Dia da Criança??? Nãããããã!!!

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Ora, ora, filhão!
Então não é que a mummy e as avós babadas hoje se fartaram de ligar para ti por ser dia da criança!?
Pfff....

Ora essa, é claro que não!
Tu já és muito crescido! São 56 cm! Já dizes uns sons muito engraçados (sobretudo vogais) e já te conduzes de forma exemplar dentro do marsúpio. Isto já para não falar na forma habilidosa (eu diria mesmo - artística) com que agitas os bracitos "estilo motard" e tiras a chupeta da boca.

Mas ainda assim, acho que isto de já seres muito crescido pode ficar só entre nós.
É que sabes, há grandes vantagens em mantermos este segredo! Uma delas é que continuas a receber mais uns presentes de quando em vez. A outra é que podes fazer as asneiras todas que tens sempre desculpa.

O busílis da questão é que, para isto, tens de continuar a aceitar de bom grado as beijoqueiras de toda a gente nas tuas bochechas rechonchudas.
Paciência filho, não se pode ter tudo!

 

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