18 março 2009

Como seres o mais pequeno não significa nada


Pois é, filhão,
há fenómenos muito engraçados e surpresas muito curiosas na vida.
Quem diria!?

Na tua turma és provavelmente o rapaz mais franzino. E apenas suplantado por uma rapariga que é igualmente de fisionomia pequena. Vai daí, este e aquele miúdo volta e meia atiram-te uma ofensa física, ao que tu não gostas e te retrais e foges, assustado.

Contudo, desde há duas semanas para cá, um estranho acontecimento tem-te feito subir na consideração dos demais, ao ponto de os mesmos te recearem e estarem, até já, intimidados por ti.

Passo a resumir:
como actualmente vocês estão na fase das birras e teimosias, fazem o que vos dá na real gana, e por vezes batem uns aos outros ou mordem-se ou atiram coisa pior. Claro está que consequentemente segue-se o castigo, que passa numa grande parte das vezes por ficarem sozinhos, sentados à mesa sem nada para fazer durante uns minutos.

Só a própria palavra castigo, para alguns, é razão suficiente para choro de baba e ranho. Mas não tu. Lá na escola, como em casa, encaras o castigo de forma neutral. Sentas-te. E aguardas. Sem pressas. Sem stress. Impávido. Sereno até. E quando te dizem "terminou o castigo" regressas à normalidade da brincadeira como se nada fosse.

Mas a verdade é que tamanha sobranceria perante tal castigo tem feito os restantes meninos olharem-te com outros olhos. E a mim tem dado muito que pensar. Ou terei criado um criminoso sem receio da lei, ou há aqui uma lição bem mais zen sobre a qual devo reflectir...

0 comments on "Como seres o mais pequeno não significa nada"

 

de pai para filhos Copyright 2008 All Rights Reserved Baby Blog Designed by Ipiet | All Image Presented by Tadpole's Notez