Eu e tua mãe vimos no outro dia um espectacular documentário na 2: sobre o nascimento do ser humano, bebés como tu, portanto. Quer dizer, tu não!, que já és bem grande, desculpa!
Foram relatos de casais, mulheres, homens, pequenos petizes a caminho de terem um irmão ou irmã, médicos e outros tantos. E fica a clara noção, uma vez mais, de que tu és um milagre a caminho do ventre da tua mãe.
Os dias passam com a esperança de que este seja o primeiro mês em que tudo já decorra normalmente. Desde que a tua mãe deixou de tomar a pílula, pela segunda vez, para poder engravidar de ti, sabe agora que voltará a ter a irregularidade no período que tinha há anos atrás. Teremos de estar atentos, portanto, para que te possamos chamar na altura certa e não deixar escapar esses breves instantes pelos quais passas por nós, à espera que te agarremos a mão para te darmos vida.
Os valentosos dias, portanto, são mais estes, como tantos outros, em que enfrentamos a incerteza com a esperança, em que combatemos a angústia com o sonho e a determinação, em que abanamos os medos com esta vontade imensa de te trazer a este mundo.
E de novo, à eterna pergunta que todos nós em adolescentes perguntamos sem bem saber a resposta - - "Porquê? Porquê trazer mais uma criança ao mundo?". A resposta, essa, parece cada vez mais simples e óbvia: porque no fundo, no fundo, é para isso que todos nós cá estamos, ao contrário do que tantas vezes o mundo em redor nos quer fazer acreditar ou desviar.
10 julho 2006
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